A expressão da sinceridade &

Caminhando para concluir mais uma leitura e meditação anual dos 66 livros da Bíblia, passei por 1ª e 2ª aos Coríntios, tocou-me a grandeza da expressão “sinceridade” em que o apóstolo Paulo admoestou aos cristãos em Corinto.

 Na primeira carta (4:1,2) alerta para o fato de que os ministros de Cristo são os Mordomos (Ecônomos/Despenseiros) da generosa Casa de Oração (Casa de Deus na Terra) e que portanto devem ser achados fiéis na gestão da casa (ecônomo vem do grego oikónomos – gestor da casa)

Porque Cristo veio ao mundo para salvar a nós os pecadores e nos limpar de todo pecado (fermento velho: da maldade, da malícia, da falsidade, da mentira...) e agora limpos dessa velha massa,  devemos em tudo nos conduzir na Casa de Deus com sinceridade e verdade. 

Aos escrever a segunda Carta (1:12), o apóstolo Paulo lembra que a sua consciência testemunhava de que viveu com simplicidade e sinceridade de Deus.

 

Por isso, o apóstolo Paulo deu graças a Deus (2:14) reconhecendo que o SENHOR Jesus sempre o fez triunfar. Ele triunfou sobre o pecado, limpo de todo pecado: da maldade, da malícia, da falsidade, da mentira, entre outros, e em todo o lugar espalhando a fragrância do bom cheiro de Cristo (o conhecimento da Verdade) porque o apóstolo afirma, “...nós não somo, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (2:17)

Refleti, então, num acontecimento que o SENHOR me proporcionou, na época que cursava o bacharel em teologia no Seminário em Dourados, quando que fui convidado a participar de encontros de avivamento espiritual em busca da unção (chamada segunda bênção o “batismo” no Espírito com evidência no falar em línguas). Na minha busca sincera, em conhecer toda a Verdade, comecei a frequentar e participar daquelas reuniões avivalistas. Clamava, orava, buscava com franqueza (toda sinceridade), lembro-me de muitas vezes me sentir suado no calor do ambiente. Repeti algumas vezes o que um dos líderes avivalistas (falador de “línguas”) à época me “ensinou”: (“Fala glória e aleluia rapidamente...”) Falei sem cessar e rapidamente, a língua enrolou, mas não falei línguas. Até que um dia, aquele líder me confidenciou: “Walter você nunca falará línguas, porque você é sincero!” Entendi, deixei de frequentar aquelas reuniões, me concentrei nos estudos bíblicos e teológicos.

O apóstolo Paulo em seu tempo falava em diversas línguas, Wilma (minha esposa) me contou que no tempo em que cursou o bacharel em teologia no Rio de Janeiro (Seminário Teológico Betel, entre seus professores, estudou teologia com o Pastor Davi Gomes), ouviu o testemunho de um de nossos missionários da JMM (Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira) de que pregando em português no Arquipélago dos Açõres, quatro marinheiros gregos após a pregação atenderam ao apelo aceitando o SENHOR Jesus; e quando um interprete dizia a eles que o missionário iria lhes pregar em particular (interpretando para o grego), eles disseram que não era preciso pois já haviam ouvido toda a mensagem que o pastor pregara (sem interprete, isto é, eles ouviram em sua língua em que haviam nascido – o grego), o missionário não sabia, mas o Espírito Santo usou o dom de línguas para aqueles gregos! Sim, DEUS pode e dará o dom a quem ele quiser, quando for necessário. Contudo, no modo geral o dom como nos dias apostólicos já cessou, conforme 1ª Coríntios 13:8 “O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; (grifo nosso).

Tenhamos nós, também a consciência limpa de que vivemos com simplicidade e sinceridade de Deus.

Triunfando em Cristo sobre o pecado, limpo de toda malícia ou da falsidade espalhando em todo o lugar a fragrância do bom cheiro de Cristo (o conhecimento da Verdade) como diante de Deus e na presença de Deus.

  

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