Folhetos e Estudos...

 

“...saibas como se deve proceder na casa de Deus,       

a qual é a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade.” 

( 1ª Timóteo 3.15)  

 

“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, 

para que todo aquele que nele crer não morra, 

mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

 

 

 

A Maioria pode estar Errada!


Maria vai com as outras...”

Fulano é massa de manobra...”

Ah tô dentro...” prá dizer que faz o que todo mundo está a fazer...


Estas e outras são frases populares.


Durante a sua vida, quantas vezes você tentou se justificar com a desculpa de que “todo mundo está agindo assim, então está certo.” Talvez quando fez uso da prática da “cola” numa avaliação escolar, ou na prática da sonegação de impostos, ou numa mentira aos pais, cônjuges, irmãos, etc... Isto sempre leva a uma fuga de consciência, seja qual for a fraqueza, a dor pode causar muito mal, por isso, muita gente busca alívio na multidão, bem, mas todo mundo faz assim. É neste sentido que ao cometer algum erro, a multidão “produz certo alívio para a mente do homem, pois sempre é encontrado alguém para concordar ou não enxergar o engano.”1 Daí a frase popular prá sinistramente concordar com o erro: “A voz do povo é a voz de Deus!”.

Veja como ocorreu na história:

Quando Colombo veio para cá de navio, a maioria disse: “Não vai dar certo: o mundo é plano e você cairá num abismo”. Mas ele víajou e provou que a maioria estava enganada.

Em meados do século XIX, Adum Trompson encheu de água a primeira banheira. Qs médicos daquela época disseram que tomar banho assim ia resultar em reumatismo ou inflamação dos pulmões. Muitas cidades proibiram a instalação de banheiras nas casas; mais uma vez a maioria ficou decepcionada.

A Inglaterra tinha uma lei proibindo que os veículos andassem mais do que 8 quilômetros por hora. Tinham medo de que o motorista ficasse sufocado ou sofresse uma ruptura da coronária. Depois mudaram a lei e exigiram que alguém andasse a frente dos veículos com uma bandeira vermelha, avisando do perigo. Mais uma vez a maioria estava errada.

Chamaram Westínghouse de louco quando disse que seria possível parar um trem usando ar Hoje este sistema de freios é usado no mundo inteiro. A maioria estava errada.

Por mais de 11 anos um indivíduo chamado “Goodyear” trabalhou procurando vulcanizar a borracha. Todo mundo ria dele, mas hoje é um dos homens mais conhecidos em pneus. A maioria estava errada.2

Mas na Bíblia a voz do povo NUNCA foi a voz de Deus. A multidão sempre esteve errada! Exemplo disto se encontra no Evangelho de João, capítulo 6. Jesus esclareceu que a decisão do homem, continua sendo trágica e frequente, i.e., errar junto com a multidão.


E também na atualidade, no dizer do grande servo de Deus e profeta Austin-Sparks (1888-1971),

Quando contemplamos o estado das coisas no mundo hoje, ficamos profundamente impressionados com a prevalença da doença da cegueira espiritual. As multidões estão cegas; não há dúvida sobre isto. Os líderes estão cegos, guiando outros cegos. Falando de um modo geral, os cristãos hoje são muito cegos." (In Visão Espiritual, T. Austin-Sparks, pags. 15-16. Ed. dos Clássicos)3

 

Este texto é para...

Quem não faz o que todo mundo anda fazendo... ou que deseja mudar, e saber porque mudar...

Quem não anda no Caminho Largo... ou que deseja parar de andar junto com a Multidão...


A Maioria pode estar errada...

O que acontece:

Quem não faz o que todo mundo anda fazendo é visto por muitas pessoas como antiquado4(a) e ultrapassado(a)...

Seja pelo emprego de um vocabulário diferente, não contemporâneo (leia-se popular, às vezes vulgar: com seus jargões globais); o uso de um vestuário social, ou a participação em um culto tradicional... por exemplo.

 

Mas, será verdade?

A manipulação da estética, da ética e da religião acontece quer na vida social, profissional e também eclesiástica (religiosa) por exemplo, isto já ocorre há milênios.

Para nós o que interessa é o conhecimento teológico, ou seja, como Deus nos conhece, e como o conhecemos.

 

Os Recabitas reconheciam isto...

Os cristãos primitivos, também...

Os anabatistas e batistas históricos, da mesma forma... e

Os teólogos neo-ortodoxos como Kierkegaard...

Os recabitas (l Crônicas 2.55)

Eram famílias de escribas não levitas, que habitavam em Jabes: os tiratitas, os simeatitas e os sucatitas; estes são os queneus que descenderam de Jetro , sogro de Moisés (Jz 1.16). Estas famílias se incorpararam à tribo de Judá (cf, Jr 35.2,6-10); não adoravam ídolos, eram nômades estabelecidos no sul de Judá, perto do deserto de Cades (Jz 1.16; l Sm 15.6; 27.10)5

Um recabita chamado Jonadabe (ou Onadabe) foi um notável reformador, ao perceber que a vida fácil em Canaã prejudicava a pureza de adoração a Jeová, ele conseguiu preservar sua família do álcool6 (por motivos simbólicos, não por convicções religiosas), ao manter uma vida primitiva, e impedir a corrupção social-religiosa. A reforma inicial foi mantida com resultados duradouros, impedindo que a manipulação e influência geral contemporizassse7 suas famílias (2 Rs 10.15-28)8 como se vê séculos depois no relato de Jeremias 35.1-109.

Os Recabitas sabiam disto...

Os cristão primitivos

Os primeiros cristãos eram poucos, mas foram “capazes de sacudir o mundo”10 dos primeiros séculos da era cristã; acerca disto a Bíblia assim registrou a respeito destes cristãos (genuínos): “Tendo passado (eles: Paulo e Silas, cristãos genuínos) por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica... Os judeus... movidos de inveja... não os encontrando (Paulo e Silas), arrastaram Jasom e alguns irmãos (cristãos genuínos) perante as autoridades, clamando, Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui” (Atos 17.1,5-6).

1 - Eles Não permitiram que o mundo moldasse a sua fé e os seus hábitos: Como conseguiram? Eles eram dirigidos pela Palavra de Deus, sabiam que “A Bíblia ensina que a popularidade perante o mundo significa a morte.” 11

a) Estes cristãos vivendo em um mundo “em que a vida não valia nada... atribuíram alto valor ao ser humano, a sua alma e ao seu destino.” 12

b) Eles tinham consciência de que “O mundo executa uma gigantesca tarefa de lavagem cerebral, às vezes consciente às vezes inconscientemente” e que “As ferramentas mais eficazes de satanás, são: a conformidade e o comprometimento.” 13

c) Eles não deixaram que a sociedade ímpia de Roma os moldasse com suas normas e ditados como uma de suas máximas: “Quando em Roma, faça como os romanos”14


2- Eles eram possuidores da verdade:

Eles percebiam “que um homem plantado no meio de um povo pagão é capaz de fazer com que muitas pessoas se voltem para Deus e declarem: ‘porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.’ (Rom. 1.16).” 15

 

3 - Eles não faziam concessão de princípios:

a) Eles se achavam no ápice do poder e glória de Roma: Era um tempo em que cristãos genuínos (pois somente cristãos verdadeiros podiam suportar o fogo que os consumia) atreviam-se a ser diferentes mesmo sofrendo horrível perseguição. Extraordinariamente as chamas das fogueiras que os sacrificavam era a força que os impulsionava a viver a crença cristã em meio a tanta perversidade, libertinagem e luxúria que estavam em todos os lugares e classes sociais, naquela época “os cristãos recusaram–se a contaminar-se com as práticas sensuais de uma civilização que estava se desintegrando.” 16

b) Estes cristãos preferiam antes morrer a fazer concessão de seus princípios. Os romanos eram dirigidos mediante leis de controle da consciência dos homens (como se fosse possível), pensaram ser possível controlar a consciência destes cristãos, então elaboraram leis para proibir ser diferente: “Todos deviam inclinar-se perante César, todos tinham que moldar-se aos costumes pagãos, todos tinham que comportar-se como romanos genuínos. Os dissidentes eram punidos com a morte. Muitos deles preferiam morrer a aceitar Roma e assim preservar sua consciência.” 17

c) Eles observavam a Palavra de Deus transmitida a todos os cristãos inicialmente pelo apóstolo Paulo, cidadão romano, e que dirigiu sua carta aos cristãos em Roma e para os de todos os tempos: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.2).” 18 É a Palavra de Deus verdadeira também em nossa época, mesmo que os tempos mudaram.

 

Os Recabitas sabiam disto...

Os cristãos primitivos...

Os anabatistas e batistas históricos...

 

Os anabatistas e os batistas

As igrejas anabatistas do século XVI surgiram paralelamente ao movimento de Reforma Europeu. No século XVII foram instituídas igrejas batistas com vínculos puritanos na Inglaterra. Às vezes igrejas batistas “surgiam espontaneamente mediante estudo da Bíblia”19. Os crentes destas igrejas sofreram perseguição de igrejas reformadas na Europa Continental, quando estas limitaram ou negaram a liberdade de conciência e/ou quando se tornaram igreja oficial do Estado, prescrevendo a crença a ser obedecida. Bem estes crentes “separatistas” ou não conformistas, como foram chamados, eram anabatistas e batistas (históricos). Eles foram cruelmente perseguidos por não se conformarem às mudanças a que todos eram induzidos a praticar. Na Inglaterra eles se sentiram forçados a fugir e esconder-se. Um desses grupos migrou para Holanda iniciando o Movimento Batista Moderno20


Os Recabitas sabiam disto...

Os cristãos primitivos...

Os anabatistas e batistas históricos...


Os teólogos neo-ortodoxos como Kierkegaard...

Soren Aabye Kierkegaard (1813-1855), teólogo e filósofo protestante dinamarquês21, foi um tipo de profeta clamando no “deserto” de sua terra, chamado de grande crítico, ele era motivo de piadas, por se opor à maneira com que as pessoas existiam em um tipo de formalismo religioso, recebido por nascimento e prevalecimento como religião oficial de seu país. Hordern assim descreveu o seu drama:

O problema se tornou grave em extremo a Kierkegaard pelo fato de que o filósofo ter compreendido a triste realidade de não serem verdadeiramente cristãos os membros da Igreja oficial da Dinamarca. Aquela gente não passava de cristã nominal. O fato de alguém ser cristão nominal era um obstáculo sério a que se tornasse verdadeiramente cristão”.22

Foi dele a figura do palhaço que constatando que o circo se encontrava em chamas, corre para o picadeiro como que anunciando à platéia: “O circo está pegando fogo, saiam depressa...!!!” e a platéia ria freneticamente, achando ser mais uma das atrações circenses23.

Eis a situação de alguns teólogos e pregadores da teologia contemporânea, quando enxergam um perigo presente ou iminente e que causa/causará danos a todos, ao criticar, apontar o perigo, é tido como um “palhaço” um antiquado, um ultrapassado...

Igualmente como ocorreu nos primeiros anos do século XX, quando o liberalismo anulou a sã doutrina defendida pela ortodoxia protestante, tendo como argumento de que era necessário reconstruir o cristianismo ortodoxo (contextualizar) para que o homem moderno pudesse entender e aceitar. Diga-se de passagem que este fato já havia sido denunciado por teólogos antecessores, e fatalmente estava se desenvolvendo, i.e., a Igreja buscava diversão em lugar de adoração, como apontou Sóren Kierkegaard: a congregação usurpou o lugar de "platéia" -- o lugar de Deus -- a quem o culto deveria ser dirigido.

Kierkegaard se preocupou com o conteúdo da fé religiosa, e não simplesmente com o conteúdo do cristianismo, por isto, ele se opôs aos teólogos fundamentalistas que entendiam que o acervo de verdades divinas só poderia ser demonstrada mediante a interpretação literalista das Escrituras Sagradas; e aos teólogos liberais que entendiam o cristianismo era a mais elevada forma de expressão das verdades que o homem desvenda por meio da razão e da experiência prática. Ele questionava-lhes “o que significa ser um cristão. Como é que o indivíduo se torna cristão?”24

Kierkegaard em sua juventude (descrita em seu primeiro livro: Either/or) se viu forçado a romper o noivado com sua amada Regina, ao enfrentar o dilema de “ou voltar à vida de devassidão sensual ou buscar com ardor a integridade espiritual.”25

Na teologia de Kierkegaard se compreende três estágios no caminho da vida, ou stadia da existência humana.

1) O estágio estético (estágio de incapacidade e impotência espiritual).  A característica principal é que a pessoa vive como espectadora ou observadora.  Neste estágio a pessoa tem vida social com outras pessoas, porém, não é capaz de manter um relacionamento aberto com elas; não é capaz de debater temas importantes; não tem direção própria, e não consegue agir ou fazer com que sua existência alcance significado, por isso se desespera e se entrega ao pecado, conseqüentemente “se tornando uma pessoa hedonista, pois é no prazer que vai buscar a realização que lhe falta.”26


2) O estágio ético (estágio da consciência da limitação, finitude humana e da transcendência divina – distanciamento de Deus).  Neste estágio a pessoa adota leis morais e condutas universais, conseguindo restringir seus gostos pessoais para se condicionar às normas racionais e de formas abstratas. A pessoa sofre pela consciência dos conflitos de culpa e distanciamento com Deus. Então, segundo Søren Kierkegaard, a lei moral age como uma força universal que praticamente submerge e aniquila a pessoa, contudo, é um estágio que serve de instrumento para a pessoa decidir de que modo quer viver. Desta forma, este estágio é intermediário, nele a pessoa decide ou por mudar e ascender ao terceiro estágio, o religioso; ou por regredir e viver como mero espectador (estágio estético)

3) O estágio religioso (estágio que não se alcança apenas pelo pensamento, exige um “salto de fé”).  Neste estágio, a pessoa que praticamente foi aniquilada pelo conflito da culpa, que adquiriu no estágio ético, decidiu por um compromisso definitivo, denominado por Kierkegaard de “salto de fé”27, no qual a pessoa se lança nos braços de Deus, o qual é o sujeito supremo do amor.

As questões existenciais mais importantes em Kierkegaard é saber como alguém se torna um cristão, e como é o viver de um cristão. Ele analisou o exemplo de Abraão que se esforçou obedecendo “a ordem incompreensível de Deus de matar seu próprio filho e compara a dor que ele teve ao renunciar Regina com a dor personagem bíblico.”28 Assim conclui que ao obedecer a Deus, corre-se o risco de até agir em suspensão temporária do que é ético para atender ao poder maior, pois é o desejo de obedecer ardentemente a Deus, “ mesmo que esse desejo de obedecer traga graves conseqüências, pois como disse Jesus: 'Se me amais, guardareis os meus mandamentos' (Jo. 14:15)”29.

Kierkegaard criticava com muita propriedade a igreja estatal por seu cristianismo nominal. Na Dinamarca todos eram cidadão cristãos, considerados cristãos apenas por terem nascido lá. Era um cristianismo seco e sem vida, um formalismo reduzido a aparências e vazio, onde a fé se obscureceu e o significado de conversão individual se perdeu. Hordern acerca disto discorre assim:

A fé, no entender de Kierkegaard, (…) significa o comprometimento de toda a existência a que alguém se disponha em face de Deus. Não se admite nenhuma posição intermediária; ou o indivíduo aceita ou rejeita a Cristo. Aqueles cristãos nominais que consideram a Igreja como refúgio, a fim de continuarem desfrutando a crença de que são pessoas fidedignas, estão, na verdade, procurando firmar-se numa posição intermediária, mas, efetivamente, tais pessoas não passam de inimigas de Cristo, mais do que os ateus confessos. (...) Para Kierkegaard, o tornar-se um cristão implicava em que a pessoa tivesse de expor toda a sua vida à tarefa perigosa e desolada de seguir os preceitos divinos. Essa tarefa é perigosa e desolada pelo fato de que significa sempre o viver de modo contrário ao entendimento das multidões e até mesmo em oposição ao sentir da Igreja. A vida cristã é de sofrimentos; não há tal coisa como uma ingênua paz interior no cristianismo, conforme pensa Kierkegaard. (grifo nosso) 30

Ele afirmou que Deus é a verdade, e que só uma pessoa que é fiel poderá encontrá-lO, quando pela fé entrar em contato experimental com Deus. Kierkegaard enfatiza que a experiência pessoal é de suma importância, que não é suficiente saber sobre a verdade, um tipo de conhecimento factual ou uma existência abstrata (metafísica), mas sim é necessário experimentar como existência concreta e específica (seu método é chamado de existencialismo).31

Eis que nestes primeiros anos do século XXI, mais do que no final do século passado, o liberalismo teológico vem ressurgindo em Terras Tupiniquim, depois de quase desacreditado...

Nos primeiros anos do séc. XX o liberalismo definiu e desenvolveu uma forte ação para modernizar a teologia cristã:

Negando a autoridade das Escrituras como base para se aceitar a fé religiosa:

  • Insistindo de que todas as crenças para serem "corretas" deveriam ser submetidas à razão e a experiência;

  • Insistindo num tipo de panteísmo, ao afirmar que Deus pode ser encontrado em todas as manifestações da vida, porque Deus opera em tudo e em todos, e não em raros acontecimentos espetaculares;

  • Ensinando que o nascimento virginal de Jesus é um entrave à razão, não pode ser aceito pelo homem moderno, pois que não se admite a doutrina do pecado original (hereditário); que a Bíblia não é a Infalível Palavra de Deus; mas o que se difundiu em lugar disto, a falsa doutrina de que todos os homens têm em si mesmos toda a potencialidade de desenvolverem e se tornarem filhos de Deus, conquistando o domínio do pecado através da educação, da ciência e dos ideais ensinados por Jesus.

Em outras palavras é o homem no centro de tudo e de todos.

Os argumentos são novamente sociológicos, longe de serem conferidos e aprovados pelos fatores formativos da teologia autêntica, como escreveu LIMA32:


Fator nº - 1 Jesus Cristo é uma pessoa Real, Histórica e Divina.
São dois os pilares da fé cristã: — a divindade de Jesus e a historicidade de Jesus.

Fator nº - 2 Aceitação e Credibilidade das Escrituras Sagradas (Neo-Testamentárias) como fonte do conhecimento infalível, revelado na pessoa, obra e missão de Jesus. Quem não considera os relatos do Novo Testamento como merecedores de crédito, jamais poderá elaborar uma teologia bíblica verdadeira, influente e dinâmica na redenção e santificação de almas.

Fator nº 3 - Reconhecer e Aceitar a Real Atuação do Espírito Santo na Vida dos Cristãos. Como uma Pessoa real e divina, que convence, guia, fortalece, exorta, repreende, capacita e consola os crentes. Não pensar como os místicos, que acham ser o Espírito uma influência do bem ou mesmo um tipo de influência divina no coração; e que portanto, o homem tem em si mesmo o segredo de sua redenção divina.

Fator nº 4 - Entender e Explicar as Experiências Espirituais dos Cristãos Referidos nas Escrituras do Novo Testamento, Sujeitos à Operação do Espírito Santo. Isto é claro, não significa tomar a experiência pessoal de qualquer pessoa em qualquer tempo ou lugar com o Espírito Santo, como elemento formativo. Antes, qualquer experiência de hoje, necessita ser conferida com as experiências dos discípulos registradas no Novo Testamento, estas sim, são parte integrante da formação Teológica.

Qualquer teologia criada sobre experiências atuais autênticas ou imaginárias ou falsas, não podem merecer credibilidade (o grifo é nosso). Em outras palavras, de uma experiência pessoal não pode resultar uma doutrina nem um conjunto de doutrinas, ou um sistema de fé.33


Como é que você está sendo visto?

Quem não faz o que todo mundo anda fazendo,

é visto por muitas pessoas como antiquado(a) e ultrapassado(a).


Onde você está?

“Tô dentro...” No meio da Maioria que pode estar Errada!?

Tentando sempre se desculpar, e nunca assumir sua fraqueza, lembrando que: “todo mundo está agindo assim, então está certo.”!?

Mas se o seu coração estiver centrado na Palavra de Deus (Bíblia) a voz do povo NUNCA lhe será a voz de Deus.

Você não tomará suas decisões de maneira trágica e frequente, ao errar junto com a multidão.

Você não permitirá que alguém que sofra doença da cegueira espiritual, seja seu guia espiritual.

 

A Maioria pode estar errada...

Não se importará de ser conceituado de antiquado(a) e ultrapassado(a)...

Onde você está?

Existindo no estágio estético? Ou da ética?

Ou do cristianismo autêntico?, como forma de um comprometimento total com o SENHOR Jesus Cristo? Não dependendo dos “ungidos” e "todo-poderosos" que atuam como se Jesus não fosse Suficiente, como se o cristão autêntico não tivesse o Consolador para lhe convencer, ensinar, guiar e testificar que não pertence mais a este mundo, que seu coração não está mais aqui na terra!

A exemplo dos Recabitas, ou dos cristãos primitivos, ou dos anabatistas e batistas históricos e ainda de teólogos neo-ortodoxos como Kierkegaard, você não precisa estar no meio da multidão para tentar aliviar(encontrar quem apóia o engano) alguma fraqueza; ou debaixo da “cobertura” espiritual de pessoas ou de igreja, precisa sim é de lembrar que o SENHOR Jesus Cristo prometeu que não (nos) deixaria órfãos; que através da Pessoa do Espírito Santo, ele está atuando na vida de seus discípulos (cristãos genuínos), que podem ainda hoje entender e explicar suas experiências espirituais como que vindas diretamente do SENHOR, sem necessitar de “gurus”, “pais espirituais”, “mestres” terrestres, e sem ficar refém destes ou de outros, como que não tivesse livre acesso ao Trono da Graça, quando o Véu do Santuário se rasgou na declaração final do SENHOR no Calvário: “Tudo está consumado”.

Seja um inconformado com a MAIORIA, apresente-se ao SENHOR cada dia como um sacrifício VIVO, SANTO, E AGRADÁVEL a Deus, e experimente a BOA, AGRADÁVEL e PERFEITA vontade de Deus. (Rm 12.1-2).

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós e nos dê a Paz!

 

Walter Melechco Carvalho

prof. de teologia do Novo Testamento – STBMT

 

_________________

1Fonte: Site Rei Eterno: Autor Cristão Anônimo, disponível em <http://reieterno.sites.uol.com.br/medit/med21.html>, acesso em 28abr2010

2 Folheto: A Multidão Pode Estar Errada. Disponível em <http://padom.com.br/a-multidao-pode-estar-errada> Acesso em 28abr2010

3 Fonte: Site Rei Eterno: Autor Cristão Anônimo, disponível em <http://reieterno.sites.uol.com.br/medit/med21.html>, acesso em 28abr2010

4 Antiquado  adj. 1. Que está fora de uso por antigo. 2. Obsoleto; arcaico. Disponível em:< http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=antiquado> acesso em 15.abr.2010.

5 Bíblia Shedd, p. 1111

6 Jeremias 35.6 Eles, porém, disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; 8 Obedecemos pois à voz de Jonadabe, filho de Recabe. nosso pai, em tudo quanto nos ordenou, de não bebermos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas; 9 nem de edificarmos casas para nossa habitação; nem de possuirmos vinha, nem campo, nem semente; 10 mas habitamos em tendas, e assim obedecemos e fazemos conforme tudo quanto nos ordenou Jonadabe, nosso pai.

7 3ª pess. sing. pret.imperf. conj. de  contemporizar - Conjugar  v. tr. e intr. 1. Acomodar-se às circunstâncias, aos usos do tempo. 2. Transigir. v. tr.3. Dar tempo a, entreter.

8 Bíblia Shedd, p. 574

9 Idem p. 1111

10 GRAHAM, Billy. Atreva-se a ser diferente. Áudio do Projeto Minha Esperança Brasil, disponível em <http://www.minhaesperanca.com.br/download.aspx> Acesso 04.dez.2008.

11 Idem.

12 Idem.

13 Idem.

14 Idem.

15 Idem.

16 Idem.

17 Idem.

18 Idem

19 Por exemplo Igrejas batistas que surgiram na Rússia do séc. XIX: “Em alguns países, como a Rússia em 1887, o Movimento Batista começou espontaneamente com pessoas que formaram suas convicções iluminadas pela leitura do Novo Testamento.” Quem são os Batistas. Disponível em: <http://www.waltermcarvalho.pro.br/quemsaoosbatistas.htm> acesso em 15.abr.2010

20 “Os 'separatistas' ou não conformistas da Igreja da Inglaterra foram forçados a fugir ou a esconder-se.  Um desses grupos migrou da Inglaterra para Amsterdam (Holanda) sob a liderança de John Smith. Em 1609, eles organizaram uma nova igreja nessa cidade, onde a condição de membro se baseava na profissão de fé pessoal, voluntária, precedendo ao batismo. Dois anos mais tarde, alguns desses membros da nova igreja, dirigidos por Thomas Helwys, retornaram à Inglaterra e lá tomaram parte no crescente Movimento Batista, que, através de migrações, se espraiou pela América.” Quem são os Batistas. Disponível em: <http://www.waltermcarvalho.pro.br/quemsaoosbatistas.htm> acesso em 15.abr.2010

21 Cf. HÄGGLUND, Bengt. História da Teologia, p. 321ss.

22 HORDERN, William. Teologia Contemporânea. 1.ed (trad. Roque Monteiro de Andrade). São Paulo: Hagnos, 2004 p.148

23 “Kierkegaard tinha uma forte tendência melancólica e sua percepção brilhante e belo estilo literário surgiram desse sentimento. Ele acreditava que apenas pelo sofrimento poderia criar a beleza que encantava os outros. Para expressar tal idéia deu o exemplo de um palhaço que no meio do show tentava avisar ao público que o circo estava em chamas, mas estes, apenas riam-se dele, achando que era mais uma piada. Fonte: Resenha de SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo: Vida Nova, 2002, por Israel Feitosa, disponível em <www.getsemani.com.br/prlucio>, acesso em 20.abr.2009

24HORDERN, William. Teologia Contemporânea. 1.ed (trad. Roque Monteiro de Andrade). São Paulo: Hagnos, 2004 p.148

25Resenha de SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo: Vida Nova, 2002, por Israel Feitosa, disponível em <www.getsemani.com.br/prlucio>, acesso em 20.abr.2009

26Idem

27 Hordern comenta que “...somos salvos pela transformação que acontece em nossa vida por efeito da atuação da graça divina em nós. O evangelho não é nenhuma nova filosofia. O evangelho é, de fato, uma intervenção divina que resulta em solução definitiva para o problema crucial do desespero humano. (...) Kierkegaard acreditava que o ser humano só podia se tornar cristão mediante um salto de fé, um comprometimento radical da vida toda do indivíduo.” HORDERN, William. Teologia Contemporânea. 1.ed (trad. Roque Monteiro de Andrade). São Paulo: Hagnos, 2004 p.149

28Resenha de SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo: Vida Nova, 2002, por Israel Feitosa, disponível em <www.getsemani.com.br/prlucio>, acesso em 20.abr.2009

29 Idem

30HORDERN, William. Teologia Contemporânea. 1.ed (trad. Roque Monteiro de Andrade). São Paulo: Hagnos, 2004 p.150-51

31Resenha de SPROUL, R. C. Filosofia para iniciantes. São Paulo: Vida Nova, 2002, por Israel Feitosa, disponível em <www.getsemani.com.br/prlucio>, acesso em 20.abr.2009

32 LIMA, Delcyr de Souza. Teologia Dinâmica do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: RJ, 1985. p. 3  

33 Idem


 

 

 

CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA PARA TODO SER.

QUE PODERIA SER MELHOR QUE ISSO?

 

 

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Elaborada por Walter Melechco Carvalho publicada em 28.abr.2010 no <https://groups.google.com/group/teologia-contemporanea-stbmt/web/a-maioria-pode-estar-errada?hl=pt> e atualizada em 07/11/2010 - (65) 8422-4512