(1) Embora todos nós vivamos, até
certo ponto, no nível dos instintos, do costume ou da consciência, o
nível em que o crente deve viver é o nível cristão definido (Capítulo 1 -
Maston)
(2) O crente não pertence a si mesmo.
Ele – isto é, seu corpo, seu
espírito, sua personalidade total – pertence a Deus.
Mas Deus quis fazer dele um mordomo.
Sendo um servo e um mordomo, tudo que ele
tiver de bens materiais, de tempo, de talentos, pertence a Deus e deve ser
usado, sob a direção de Deus,para servir a Deus e a seu próximo (Capítulo
2 - Maston)
(3) Algumas coisas são erradas em si mesmas,
ao passo que outras se tornam impróprias ou erradas por causa do
meio-ambiente em que são, em geral, encontradas ou por causa das atitudes dos
outros com respeito à nossa participação em tais coisas. (Capítulo
3 - Maston)
(4) A fonte decisiva e final de
autoridade para o homem não está
dentro de si mesmo ou dentro do grupo social ou da comunidade a que ele
pertence, mas, sim, na vontade de Deus,
que o homem pode conhecer e que ele deve descobrir. (Capítulo
4 - Maston)
1. NÍVEIS DE VIDA:
Qual o nível em que deve viver o cristão e , conseqüentemente, o nível
no qual deve tomar as suas decisões?
1.1 - O nível dos instintos: - Há muita
coisa na conduta de cristãos maduros baseada nos instintos. Um
dos meios mais seguros para alguém perder a liberdade é dar vazão
irrestrita a todo impulso natural de sua vida. O homem encontra sua maior
liberdade quando cumpre mais completamente as funções ou propósitos para
os quais Deus o criou. Uma das evidências de que estamos amadurecidos é o
nosso controle progressivo sobre esses instintos, dominando-os de tal forma
que só se vão expressar de modo saudável (1Co. 6.12; 10.23; Fl. 4.8).
1.2 - O nível do costume:
- Grande parte do que fazemos,
fazemo-lo porque é em geral aceito, é o aprovado, é o costumeiro. Não
atingimos, entretanto, o mais alto nível de vida moral a se aceitamos
simplesmente, sem pensar, nem refletir sobre o que é costumeiro como
palavra final de nossa vida.
1.3 - O nível da consciência:
- O pensamento sério a
respeito do que é certo ou errado, Contribui para a estabilidade do
caráter. Somente aqueles que fazem o
melhor que podem com aquilo que consideram certo, terão visões novas em
novas áreas da verdade.
1.4 - O nível cristão:
- A diferença maior, está em que
aquele que vive no nível cristão, faz dos princípios e ideais cristãos
– o teste final, para qualquer decisão a ser tomada, acerca do que é
certo e do que é errado, para sua vida.
2. O CRISTÃO E SUA MORDOMIA:
Se aceitarmos os princípios básicos da mordomia
cristã, eles nos ajudarão a decidir se uma determinada ação é certa ou
errada.
2.1 - O cristão é um mordomo: - Pertencemos a Deus. Ele tem o direito
de mandar e na sua bondade nos convidou a cooperar com ele.
2.2 - O mordomo e os bens materiais: - Se tudo o
que temos pertence a Deus, devemos dar liberalmente para a sua obra. O
restante de nossa renda deve ser usado de modo que honre a Deus.
2.3 - O mordomo e seu corpo: - O corpo é o
canal ou instrumento absolutamente indispensável para que a obra do
Senhor seja feita no mundo. Isso dignifica e glorifica o corpo do crente,
quando ele age de conformidade ao nível cristão. (1João 2.6; Cl. 2.6).
2.4 - O mordomo e sua personalidade: - O pessoalidade, é individual,
distinta, e própria, caracterizando cada ser humano, um ser único em
todo o universo, o que é reconhecido através da sua expressão (palavras
e atos) através do corpo, que lhe é o instrumento ou canal através do
qual a personalidade se expressa. A influência da personalidade é
poderosa para induzir tanto ao acerto como ao erro, às pessoas sob
influência.
2.5 - O mordomo e seu tempo: - Devemos estar atentos ao desperdício de
tempo(Ef. 5.15-16).Reconhecer a necessidade de tempo suficiente para
repousar, para as relações sociais, contribuir para um serviço
eficiente à causa de Deus e aos homens.
2.6 - O mordomo e o Evangelho: - Cada um tem sua responsabilidade em
partilhar o evangelho com o mundo inteiro(Mt. 28.18-20; Atos 1.8).
Responsabilidade direta e imediata em compartilhar/anunciar as boas novas.
3. OS ELEMENTOS DETERMINANTES DO CERTO:
3.1 – O indivíduo: - Por si mesmo, o indivíduo, determina o que é bom
ou direito. Ele tem em si mesmo os recursos para determinar e alcançar
o bom ou o direito, para reconhecer o certo, e, pelo menos em grau
razoável, para fazer o certo(Gn 3.11; 4.9,14).
3.2 - O grupo: - A comunidade como um todo, ou
algum segmento particular, tal como a família ou a igreja.
3.3 – A vontade de Deus:
- O único determinador competente e perfeito, do que é certo ou errado,
na vida do homem é a vontade de Deus. O crente, deve tomar sua decisão
baseada primeiramente naquilo que considera ser a vontade de Deus.
Como conhecer a vontade de Deus?
A principal fonte é a Bíblia( João 5.39).
Encontramos revelada na
Bíblia, não somente a natureza e o caráter, mas também sua atitude e sua
vontade para com o homem. Além da Bíblia, o crente tem a promessa da
direção do Espírito Santo(João 14.26, 16.13).
4. OS EFEITOS DO CERTO OU ERRADO:
4.1 – O efeito sobre nós:
- A nossa pessoa – corpo e alma e espírito (1Ts. 5.23, Hb 4.12) – é
mais importante do que muitos de nós pensamos. Uma escolha errada poderá
prejudicar seriamente a saúde física ou a personalidade.
4.2 – O efeito sobre os outros:
- Nós, como crentes, (cristãos, Cl. 2.6), devemos considerar seriamente, o
julgamento que outros farão de nós, porque estamos interessados no
bem-estar moral e espiritual deles – pois estão no campo da nossa
convivência. Cada pessoa, coroa da criação divina, é muito mais
importante, do que a nossa participação numa ou outra ação (Rm 14.14,
18-15.7).
4.3 – O efeito sobre a causa de Cristo: - O homem,
ao determinar o que lhe é certo para fazer, deve ir além de si mesmo,
além das outras pessoas, para considerar o efeito de seus atos, sobre a
igreja, que é o corpo de Cristo ( Mt. 16.18; 18.15-20; Ef. 25-27; 1Co.
12.27-28).