& 8. CRISTOLOGIA 

- ESTUDO DA PESSOA DE CRISTO NA TEOLOGIA DE PAULO.

   “Nos Evangelhos, Christos é quase sempre um título, raramente um nome próprio. Em Paulo, Christos tornou-se exclusivamente um nome próprio. V. Taylor acha que há apenas um lugar onde Christos é usado como título: ‘e de quem descende o Cristo segundo a carne” (Rom. 9.5). A experiência de Paulo ao encontrar-se com o Senhor no Caminho de Damasco, conhecendo-o como o Messias,  e não apenas (como no judaísmo) — Jesus de Nazaré. É um quadro que mostra a “diferença da avaliação da pessoa de Jesus. Tudo o mais —  sua idéia a respeito da salvação, da Lei, da vida cristã — foi determinado por isto.” (Ladd, p. 383)

“A formula mais simplificada, ‘Jesus, o Messias’, desapareceu completamente, enquanto ‘Jesus Cristo’ e a expressão completa ‘nosso Senhor Jesus Cristo’ são frequentemente usadas.” (Ibid, p.384).

    - Em Antioquia (Atos 11.26) os crentes pela primeira vez foram chamados de Christianoi, o que sugere que o termo Christos já seria visto como um nome próprio.  

    - O fato de Paulo falar pouco acerca do Reino de Deus e do messiado de Jesus, se dá muito provavelmente, pelo fato de estar se dirigindo  não aos judeus, mas aos gentios, num mundo em que “proclamar qualquer rei que não fosse César fazia com que se ficasse passível à pena de sedição (At. 17.3,7)” (Ladd, p. 384).

    -  No entanto, encontramos as seguintes passagens: O Reino de Deus associado com a ressurreição e a salvação (I Co 15.12); Uma bênção escatológica a ser herdada (I Co. 6.9,10; 15.50; Gál. 5.21); um Reino igualado à “glória” (I Ts. 2.12); Um Reino que será visível à aparição escatológica de Jesus Cristo (II Tm. 4.1); Por causa do Reino, o povo de Deus suporta os sofrimentos neste mundo (II Ts. 1.5); Estes sofrimentos além de submissão, inclui o serviço pelo Reino (Cl. 4.11), ajudando outros homens a entrarem nele.  “Os Santos, por causa do que Cristo fez, já se libertaram do poder das trevas — deste século mau e caído — e foram transferidos para o Reino de Deus (Col. 1.13).” (Ladd, p. 385).  "Este "reino de Cristo" não pode ser identificado com a Igreja; pelo contrário, é a esfera da lei de Cristo, que é mais extensa que a Igreja.  Idealmente, todos os que estão na Igreja estão também no Reino de Cristo; mas exatamente como o Reino de Deus escatológico é mais amplo do que a Igreja redimida e conterá a subjugação de tudo o que é hostil à vontade de Deus, assim é o Reino de Cristo, aqui, a esfera invisível do reinado de Cristo, dentro da qual os homens entram através da fé em Jesus Cristo.  Assim, o Reino de Deus não está preocupado primariamente com coisas físicas, por mais necessárias que sejam, mas com realidades espirituais: justiça, paz e alegria — os frutos do Espírito Santo (Rom. 14.17).   

    -  O entendimento de Paulo, do Messiado de Jesus, contém uma transformação de categorias messiânicas tradicionais, pois não é como um monarca terrestre que Jesus reina de um trono de poder político, mas como o Senhor ressuscitado, glorificado.

    -  Ele foi elevado aos céus (Rom. 8.34), onde está assentado à mão direita de Deus (Col. 3.1), e agora reina como rei (basileuein, I Cor. 15.25). Contudo, seus inimigos não são mais reinos e impérios — os inimigos terrestres do povo de Deus — mas poderes invisíveis, espirituais.  O objetivo deste reino é subjugar todos estes inimigos rebeldes sob seus pés;  o último inimigo será a morte (I Cor. 15.26).  Isto corresponde ao fato de que o próprio Jesus havia recusado um reino terrestre (João 6.15), havia afirmado que sua lei vinha de uma ordem mais alta e não se baseava em poderes mundanos espirituais do mal (Mat. 12.28 e s.). (Ladd, p. 385).

 

8.1 A Pessoa de Cristo

O MESSIAS É JESUS

Não pode haver dúvida, para Paulo, que aquele que ressuscitou dentre os mortos e subiu aos céus, e que agora reina como o Messias à mão direita de Deus não é ninguém além do Jesus de Nazaré. O debate moderno a respeito do Jesus histórico e do Cristo exaltado e querigmático sempre obscureceu o pensamento de Paulo, as se tentar fazê-lo responder a questões que ele nunca levantou. (p. 386) 

    -  Se por um lado Paulo não levantou fatos biográficos do Jesus Histórico, ainda que ele conheceu algo da tradição sobre a vida de Jesus I Cor. 11.23; Paulo sabe QUE: 

1) que Ele é um israelita (Rom. 9.5) da família de Davi (Rom. 1.3), 

2) que viveu Sua vida sob a Lei (Gál. 4.4), 

3) que Ele tinha um irmão chamado Tiago (Gál. 1.19), 

4) que era um Homem pobre (II Cor. 8.9), 

5) que exerceu Seu ministério entre os judeus (Rom. 15.8), 

6) que teve doze apóstolos (I Cor. 15.5), 

7) que Instituiu a ceia (I cor. 11.23 e ss), 

8) que foi crucificado, sepultado e ressurgiu dentre os mortos (II Cor. 4.14; I Cor. 15.4).  

Ele também estava "familiarizado com as tradições sobre o caráter de Jesus" faz menção:

A) da sua mansidão e benignidade (II Cor. 10.1), 

B) da sua obediência a Deus (Rom. 5.19), 

C) da sua constância (II Tess. 3.5), 

D) da sua graça (II Cor. 8.9), 

E) do seu amor (Rom. 8.35), 

F) da sua completa autoabnegação (Fil. 2.7 e s.), 

G) da sua justiça (Rom. 5.18), 

H) da sua impecabilidade (II Cor. 5.21) 

        Ainda que sejam poucas e casuais informações do Jesus histórico, isto não pode significar que ele fosse um mito, ou um homem com consciência divina, foi porque ele teve uma experiência com Jesus, o Senhor Exaltado, o que lhe propiciou um ministério sob a orientação do Espírito, possibilitando-lhe conclusões e implicações acerca da pessoa divina de Jesus, como uma pessoa já glorificada.     Paulo podia perceber os poderes do Reino que anteriormente estavam em Jesus (histórico), agora concedidos pelo Espírito Santo para todos os crentes.     Assim os poderes da Era Vindoura, foram libertos das limitações de tempo e de espaço, pois estas bênçãos não estão mais limitadas pela presença corporal de Jesus na terra, "O reino de Deus... consiste... na justiça, na paz e na alegria do Espírito Santo" (Rom. 14.17). Tudo o que Paulo fez, foi incluir além do que já havia na História e Missão de Jesus, a pregação do Jesus glorificado, revelando, expandindo e aumentando tudo o que a vida, os feitos e as palavras de Jesus significam, expandindo o significado escatológico total da pessoa de Jesus, seus feitos, sua morte , sua ressurreição e exaltação.  

    -   O enunciado de II Cor. 5.16, precisa ser entendido, sob a iluminação do Espírito:

        > quando se conhece a Jesus segundo a carne, se tem um entendimento errado de Jesus, foi assim que o sinédrio pediu a crucificação e assim que Saulo foi levado a perseguir a Igreja.  

         > Mas quando os olhos são abertos pelo Espírito, se pode entender, quem realmente era o Jesus da história: o messiânico Filho de Deus.

 

JESUS, O SENHOR

       - Esta é a designação mais característica e predominante para Jesus (Kyrios), nos escritos Paulinos e no cristianismo gentio em geral.  As pessoas ingressavam à comunidade da Igreja através da crença na ressurreição e da confissão de Jesus como seu Senhor (Rm. 10.9; I Co. 1.2; cf. At. 9.14,21; 22.16; II Tm. 2.22). Cristo como Senhor é o centro da proclamação (II Co. 4.5).  

         É um relacionamento pessoal e da Igreja como um todo: 

"nosso Senhor Jesus Cristo" (28 vezes), 

"nosso Senhor Jesus"(9 vezes), 

"Jesus Cristo nosso Senhor"( 3 vezes). 

          O confessor, juntou-se à comunidade daqueles que reconhecem que Jesus é o Senhor, tanto dos vivos como dos mortos ( Rm. 14.9), exaltado acima de todos os poderes (deuses, senhores, quer reais ou imaginários) do kosmos (I Co 8.5,6). Ali aguarda até o Dia do Senhor (que veio a se tornar o Dia do Senhor Jesus Cristo cf. II Tes. 2.2; 1 Co. 5.5; 2 Co. 1.14), quando o último inimigo há ser subjugado aos seus pés.   "Isto é claramente afirmado no grande hino cristológico em Filipenses 2.5-11[...]  O significado do título Kyrios é encontrado no fato de ser Kyrios a tradução grega do tetragrama YHWH, o nome convencionado para Deus no Velho Testamento.  O Jesus exaltado ocupa o papel do próprio Deus, no governo do Universo.

Paulo também menciona JESUS COMO O FILHO DE DEUS  

        - com alguma freqüência (Rm. 1.3,4; Gál. 4.4; para recebermos o status de filhos por adoção (Gál.4.5), Jesus é filho único, próprio, o Filho de seu amor - comum em natureza entre Pai e Filho (Rm. 8.3,32; Col. 1.13); A imagem do Deus invisível, o Primogênito (prototokos = prioridade temporal ou soberania de posição).

 

CRISTO, O ÚLTIMO ADÃO

      - É entendido como embasamento do título Filho do Homem escatológico, "o homem do céu", = o Senhor (I Co. 15.45-47), ele preexistia na forma de Deus (Senhor) (Fil. 2.6).

 

8.2 A Obra de Cristo

8.2.1 Expiação

A palavra ‘expiação’ ..., aparece apenas uma vez na AV — em Romanos 5.11; mas na RSV esta palavra está adequadamente traduzida: ‘pelo qual temos recebido a reconciliação’.  Enquanto a palavra em si não é uma palavra do Novo Testamento, a idéia de que a morte de Cristo contornou o problema do pecado humano e reconciliou os homens com Deus é uma das idéias centrais do Novo Testamento. (Ladd, p. 397)

        A morte de Cristo é tema central na estrutura do pensamento paulino. Um exemplo disto é a declaração confessional que Paulo recebeu da igreja primitiva (1 Co. 15.3), e “Em quase todas as suas cartas, Paulo menciona, de uma forma ou de outra, a morte de Cristo (Rom. 5.6 e ss.; 8.34; 14.9,15; I Cor. 8.11; 15.3; II Cor. 5.15; Gál. 2.21; I Tes. 4.14; 5.10), seu sangue (Rom. 3.25; 5.9; Ef. 1.7; 2.13; Col. 1.20), sua cruz (I Cor.1.17 e s; Gál. 5.11; 6.12, 14; Ef. 2.16; Fil. 2.8; Col. 1.20; 2.14), ou sua crucificação (I Cor. 1.23; 2.2; Gál. 3.1; II Cor. 13.4).

 

O AMOR DE DEUS

     - A morte de Cristo é a revelação suprema do amor de Deus (embora a base tanto no NT ou VT, para a reconciliação por meio de Cristo, é a ira de Deus - a exigência de um sacrifício aceitável Rom. 3.21 e ss.; 1.18; Gál. 6.7).  A cruz é a medida do Amor de Cristo, mesmo de Deus (II Cor. 5.19; Gál. 2.20; II Cor. 5.14; Ef. 5.25)

 

EXPIATÓRIA

    - "Paulo vê a morte de Cristo como uma morte expiatória"(Ladd, p. 399) Associada com o ritual e conceito  de sacrifício do VT (Rom. 3.25 alusão à oferta pelo pecado oferecida pelo Sumo Sacerdote no dia da Expiação; Ef. 5.2 Oferta e sacrifício a Deus em cheiro suave; I Cor. 5.7 Cristo, nosso cordeiro pascal, sacrificado; através do seu sangue temos um propiciador Rom. 3.25, que nos justifica Rom. 5.9, nos redime Ef. 1.7, nos aproxima de Deus Ef. 2.13 e nos outorga a paz Col. 1.20)

 

VICÁRIA

    - Teologicamente é usada a palavra "vicária", para significar que Cristo não morreu meramente como um homem comum e por causa própria. Ele 'morreu por nós'(I Tess. 5.10; Rom. 5.8, 32; Ef. 5.2; Gál. 3.13). Ele indicou que tipo de morte teria (Mar. 10.45) "para... resgate de muitos"

 

SUBSTITUTIVA

    - Ele foi o único que não conheceu pecado (II Cor. 5.21) no entanto ele sofreu a morte no lugar de todos os culpados (pecadores) que mereciam morrer, por causa dela fomos libertados da condenação e da experiência da ira de Deus. Cristo já morreu por todos, "logo todos morreram"(II Cor. 5.14; nos identificamos com Cristo na sua morte, Gál. 2.20 Ele morreu  em meu lugar, agora serei poupado dessa morte (II Cor. 5.15; I Tim. 2.6; Gál. 3.13; Ef. 2.8,9).

 

PROPICIATÓRIA

    - A palavra "propiciação" (hilasterion) está no centro da doutrina de Paulo acerca da morte de Cristo (Rom. 3.24,25), "Através da morte de Cristo, o homem é liberto da morte; ele é absolvido de sua culpa e justificado; é efetuada uma reconciliação, pela qual a ira de Deus  não precisa mais ser temida. A morte de Cristo salvou o crente da ira de Deus, de modo que ele não mais espera pela ira de Deus, mas pela vida (I Tess. 5.9) . A culpa e a condenação do pecado foram carregados por Cristo; a ira de Deus foi propiciada."(Ladd, p. 403)  

        Sobre a ira de Deus ver (Rom. 1.18; 1.32; 2.5, 12; 6.23).  

Um reconhecimento total do caráter propiciatório, substitutivo, da morte de Cristo não tem que permitir-nos negligenciar ou menosprezar a doutrina de que a morte de Cristo, como uma demonstração do amor divino, está designada a atear uma reação amorosa nos corações dos homens.  O objetivo e o caráter substitutivo da morte de Cristo como a demonstração suprema do amor de Deus deve resultar numa transformação de conduta executada pelo poder restritivo desse amor.  Aqueles que reconhecem e admitem este amor têm que submeter-se ao seu poder controlador; porque Cristo morreu por todos, os homens não devem mais se dedicar à satisfação de seus próprios desejos, mas a ele, que, por amor a eles, morreu e ressuscitou (II Cor. 5.14,15). A influência moral da morte de Cristo sobre as vidas dos homens não deve ser ignorada, porque tem-se abusado deste ensino e erroneamente feito dele a verdade central da expiação.  O amor de Cristo manifestado em dar-se a si mesmo como um sacrifício a Deus deve ser imitado através de se andar em amor ( Ef. 5.2). O exemplo de total humildade de Cristo em submeter-se em perfeita obediência a Deus, mesmo essa obediência levando a morte na cruz, deve ser emulada pela conduta humilde de seus discípulos em seus relacionamentos uns com os outros (Fil. 2.5 e ss). O significado propiciatório, substitutivo, os benefícios do qual devem ser recebidos, pela fé, como uma dádiva de graça;  mas a influência subjetiva de sua morte, em despertar a reação de amor nos corações dos homens, não pode ser nem negada nem ignorada. Há tanto uma significação objetiva como uma subjetiva na morte de Cristo. (Ladd, p. 405)

 

REDENTORA

    - Palavras usadas no grego clássico e helenístico, denotam  que houve um preço pago para resgatar o homem que estava sob o penhor da escravidão.  

Tito 2.14 (lutroo) "para nos remir"; 

Mc. 10.45 (lutron) "em resgate de muitos";  

I Tm. 2.6 (antilutron) "em resgate por todos" "O uso de anti sugere substituição. A morte de Cristo foi um resgate-substitutivo." (Ladd, p. 405) 

Rom. 3.24,25 (apolutrosis) "mediante a redenção" (Ef. 1.7).  

I Cor. 6.19,20 (agorazo) "fostes comprados por preço"  

Gál. 3.13 (exagorazo) "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós" (cf. 4.4,5).

  "Morris resume adequadamente a doutrina da redenção, incluindo ambos os grupos de palavras. (a) O estado, para fora do qual o homem deve ser redimido. Isto é semelhante à escravidão, que o homem não pode romper; assim a redenção contém a intervenção de uma pessoa de fora, que paga o preço que o homem não pode pagar. (b) O preço que é pago.  O pagamento de um preço é um elemento necessário na idéia da redenção; e Cristo pagou o preço de nossa redenção.  (c) O estado resultante do crente.  Isto se expressa num paradoxo.  Somos redimidos para a liberdade, como filhos de Deus; mas esta liberdade significa escravidão a Deus.  A questão total desta redenção é que o pecado não mais tem domínio. Os redimidos são aqueles que foram salvos para fazerem a vontade de seu Mestre." (Ladd, p.406-7).

 

TRIUNFANTE

    - A morte de Cristo obteve triunfo sobre todos os poderes cósmicos (Col. 2.15). Ele está reinando até que todos os inimigos sejam postos debaixo de seus pés: ( I Cor. 15.24,25).  Seja regentes políticos como Pilatos ou Herodes; ou sejam poderes angelicais, todos estão derrotados na vitória de Cristo na cruz (Cf. Col 2.15).

 

8.2.2 Justificação ( Ver Ladd, detalhadamente às páginas 409-419)

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA p. 409

O EMBASAMENTO DA JUSTIFICAÇÃO  p. 410

A JUSTIFICAÇÃO É ESCATOLÓGICA p. 412

A JUSTIFICAÇÃO É FORENSE  p. 414

O FUNDAMENTO E OS MEIOS DA JUSTIFICAÇÃO  .p. 417

JUSTIFICAÇÃO E PECADOS SUBSEQÜENTES.  p. 419

IMPUTAÇÃO  p. 419

 

8.2.3 Reconciliação  ( Ver Ladd, detalhadamente às páginas 409-425)

OS DADOS EXEGÉTICOS  p. 421

A RECONCILIAÇÃO É OBJETIVA  p. 421

A NECESSIDADE DE RECONCILIAÇÃO  p. 422

O CARÁTER DA RECONCILIAÇÃO  p. 422

O ASPECTO SUBJETIVO DA RECONCILIAÇÃO  p.423

OS RESULTADOS DA RECONCILIAÇÃO  p. 424.

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Elaborada por Walter Meleschco Carvalho, e atualizada em 28/09/2005